sexta-feira, dezembro 29, 2006

Feliz Ano Novo 2007

Auditoria energética

Na sequência do trabalho desenvolvido nos últimos anos, em prol de um desenvolvimento sustentável, procedeu-se à identificação dos principais problemas ambientais, existentes no Colégio. Para tal, foi realizada em Dezembro de 2006, uma auditoria às instalações do Colégio para avaliar a condição da escola na área da eficiência energética. Esta é a primeira de duas auditorias a realizar este ano lectivo, uma vez que, em Junho de 2007, será feito um novo levantamento de modo a avaliar a evolução do trabalho desenvolvido.

Auditoria energética à cozinha


Auditoria energética ao refeitório

Através desta auditoria os alunos conseguiram fazer um diagnóstico detalhado das várias instalações e equipamentos existentes no Colégio Valsassina. Foi ainda possível realizar um estudo de mobilidade aos nossos alunos.

Para a realização deste trabalho teve-se em linha de conta dois tipos de questões:
• Questões de sondagem: constituem indicadores dos comportamentos e atitudes dos alunos e/ou comunidade escolar, relativamente à mobilidade escolar.

• Questões de observação: constituem itens de caracterização das instalações e equipamentos relativamente aos temas da água e electricidade. No que diz respeito à energia são considerados os itens, iluminação, aquecimento, e equipamento.

Estes dados permitem não só permitem conhecer em detalhe as instalações da nossa escola, bem como, fornecer um instrumento precioso para se definir o plano de acção e as metas a atingir para Junho 2007.

Auditoria energética nas casas de banho

Como meta principal destacamos a redução, em 1%, das emissões de CO2 do Colégio, tendo por base os valores registados no ano lectivo anterior (consultar www.carbonforce.net - "Ponto situação").


Auditoria energética à sala de informática


Auditoria energética às salas de aula

Aquecimento do planeta é irreversível


O aquecimento global já atingiu uma fase irreversível e o principal responsável por este fenómeno, que ameaça a própria viabilidade do planeta, é o Homem. É esta a grande conclusão do quarto relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas que será divulgado no início do ano. Uma mensagem que sai da boca de 2500 cientistas, agora de forma clara e inequívoca, e que não traz boas notícias.

Se no relatório anterior, de 2001, os cientistas foram cautelosos em atribuir as causas do aquecimento global às actividades humanas, neste novo documento a ligação é estabelecida de forma clara. É a prova de que nos últimos seis anos muitas previsões se evidenciaram e que muitos estudos e investigações se produziram sobre a matéria.

Um dos redactores do documento, cujo esboço foi ontem avançado pelo jornal espanhol El Pais, afirma: "Um grupo de provas cada vez maior sugere uma influência humana discernível em aspectos do clima como as ondas de calor e outros fenómenos extremos como tempestades e chuvas."

Os cientistas referem ainda como altamente improvável (ou seja, com menos de 5% de probabilidade) que a recente mudança climática seja causada pela variabilidade natural do clima. As justificações a cem por cento são excluídas destas análises, pois o risco de afirmar que uma onda de calor se deve à acção do homem é tão grande como atribuir a causa de um cancro do pulmão de um fumador apenas ao consumo de tabaco.

Estas conclusões são politicamente relevantes porque advém do próprio painel das Nações Unidas. E, principalmente, para países como os Estados Unidos que têm tentado minimizar a importância deste fenómeno e se mantém alheados das grandes estratégias para o combater, como o Protocolo de Quioto.
Os dados que sustentam estas conclusões não deixam margem para grandes dúvidas. Os anos de 1998 e 2005 foram os mais quentes desde que há registos e seis dos sete anos mais quentes ocorreram desde 2001. Isto porque a temperatura média da superfície vem aumentando desde 1850.

A grandes profundidades, a temperatura também tem subido desde 1955. Em pouco mais de 50 anos, as noites muito quentes aumentaram 72% e as muito frias diminuíram 76%. Os glaciares retrocederam a olhos vistos, não sendo necessárias comparações muito alargadas no tempo para se perceber a dimensão do degelo das superfícies geladas.

Na origem destes eventos está a concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera. Dióxido de carbono, metano e óxidos de nitrogénio que derivam da queima de carvão, petróleo e gás e que permanecem durante séculos na atmosfera. A sua concentração actual é a maior em 650 mil anos. Mas as más notícias não ficam por aí. O relatório demonstra que, mesmo que fossem agora suspensas as emissões de gases poluentes - com todos os impactos económicos que daí adviriam -, o planeta continuaria a aquecer.

Esta avaliação da ONU divide-se em três áreas: a ciência do aquecimento global, o seu impacto e a tecnologia para o mitigar. O primeiro estudo, e o mais importante, foi agora enviado para um grupo restrito de especialistas e para os governos.



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